domingo, 28 de setembro de 2008

flash


Olhando por cima das cabeças de gente que me olha nas ruas
Sinto nirvanicamente um dos motores da humanidade
A atracção pela adrenalina do desconhecido
E a saudade quimica do sentir dos prazeres do passado

Na quietude tudo começa e tudo acaba


Hoje aos 28 de Setembro do ano de dois mil e mais oito, 21 anos passados sobre aqueles tempos em que decidi estar mais parado no espaço e fazer disso uma provocação artística e uma exposição do esforço de estar vivo. Aquela eterna luta contra a gravidade. Hoje, escrevia, reparei que buscando por estátua viva, no procurador universal google, obtive 524.000 resultados ( um milhão e oitenta mil quando a procura é em inglês). Invrível como esta atitude de estar parado, se tem alastrado. Eu fico contente e orgulhoso, estar quieto conscientemente é um exercício supremo, é o silêncio da coragem, é o domínio de todos os impulsos e é acima de tudo, a exposição da representação das capacidades da vontade.
Há vinte e um anos mudei as coordenadas da minha sobrevivência total quando descobri que imobilizando o meu corpo no meio das multidões, fazia desacelerar o passo a muita gente e mexer-lhes na cabecinha da várias maneiras .Pão para a barriga, kms para os pés, arte para as ideias e sinceridade no amor. Em qualquer rua, em qualquer praça, em qualquer espaço feito pedestal, fui misturando as dores do esforço com a magnânime felicidade de estar em uníssono com o vibrar dos olhos que me olham em redor. Sou um arauto da quietude expressiva,um profeta da vontade.
Na quietude tudo começa e tudo acaba. É importante ter a noção disto para não participar em tanta correria frenética atrás dos truques dos magnatas de todos os enganos.