terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Projecto de uma música só



Projecto de uma música só

Sinopsando........

Performance sonovisual baseada apenas numa música já do domínio dos clássicos ( mais de 15 anos e muito conhecida, mesmo agora).

Pedestal alargado:

Estátua completamente em silêncio.10 minutos.

Estátua com ambiente sonoro mínimo em volume e em definição.Mais 10 minutos.

Estátua reage a algo no som e inícia movimentos em direcção à fonte de perturbação da sua ideia em quietude. Como alguém que se esqueceu da velocidade com que é normal andar, dirige-se a essa fonte e depois de tomar o controlo da situação, prolongao seu estado de movimento quase morto, numa festa única, onde uma única música chega e quase sobra, para uma partilha de uma hora única, onde a quietude da montanha se mistura com o som do mar, tudo embrulhado na maneira como a música única vai sendo mostrada. Onde só quando a música muda para outra é que a estátua se renasce pessoa e se iguala a todos os presentes.

A estátua, pode ser qualquer representação de qualquer possibilidade de D.J. do aqui e agora.

A música pode ser o ‘ another brick on the wall’ ou qualquer uma que se espelhe.

O local pode ser qualquer um para pelo menos 20 pessoas. Nunca mais de duas mil, aí teria que rever o formato.

Os custos são mínimos. À volta de duas vezes 10% dos 10% que qualquer espectáculo de ‘cartaz’ custa hoje na terra lusitana.

Em oferta.

natal 2011


Ora aqui estamos na repetição de novo, é natal é natal, época em que até muitos daqueles que conheço do 'contra' vão jantar com a família 'porque é natal', assim se perpetuam as mentiras celestiais que dão depois nos sofrimentos humanos do dia a dia. Acordem!!!! não sejam hipócritas!!! ou então se acreditam nessas merdas, crucifiquem-se pela minha felicidade!!!!! Baaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhmmmmm

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Escrevo




Escrevo

neste caminho de aqui e agora

em que as pedras são azuis e o sol é sempre místico


Escrevo

palavras sintéticas sobre substancias das alegrias e das tristezas

saídas dos meus pensamentos multi-painel de desejos e de atenções


Escrevo

da Raimonda para o infinito

e de mim para ti

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

manifesto




Todos os patriotismos estão dentro da minha retrete
Todos os hinos foram entoados por mutilados e
o céu ainda fica longe da minha janela
e a democracia é uma vaca parida por um porco
no curral das maiorias.
Faço apelo aos anjos não castrados, aos bichos-de-
-seda que vivem fora do casulo inidimensional para
que cantem o hino da salvação dentro das secções pú-
blicas sem selos fiscais na língua e que todos os
autoclismos funcionem bem, de modo a que o Primeiro
Ministro se aperceba que é ministrado.
Faço apelo para que o leitor diga bom-dia à porteira
e ao seu carro e ao seu fato, pois todo o instrumento é
susceptível de comunicação e
tudo o que é comunicável parece susceptível de solidão
nesta sociedade de caricas, berlindes e outros brindes.
Faço apelo aos filhos da puta que se encontram em todos
os bares, em todas as esquinas para que reconsiderem a sua
própria automatização e resolvam capar os limites da cabe-
cinha e da pilinha, enfim.
Faço apelo a tudo o mais e ao resto porque creio que toda e
qualquer transformação seria desejável

in 'Proposta de anarquia corporal' sem erva, sem ácido, sem nada

de Ricardo Figuinha

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

desabafo


A quem me mente

Ofereço o doloroso desprezo da desilusão


A quem me desconsidera

Ofereço toda a possibilidade de me conhecer

Para não errar na desconsideração

A quem erra comigo

Ofereço a possibilidade de corrigir o erro

Porque quem sabe que erra, sabe que saiu do caminho

A quem me ama

Ofereço uma estrela nova de cada vez que fico feliz por sentir isso a dois.

A quem me trai

Ofereço o silêncio das memórias da cumplicidade do prazer.

Dizer assim e fazer assado já é estratégia de rival.

A quem me falta ao respeito

Ofereço o meu peito para a vida ou para a morte

Na circunstância de cada causa


terça-feira, 25 de outubro de 2011

instantâneos 2011.1



Na bondade do carácter faço

Amigos daqueles

que podem ser cruéis

Nasci só e sózinho morrerei

Na partilha

da desgraça com outros desgraçados

alivia-se a minha dor

sexta-feira, 21 de outubro de 2011


Neste mundo de notícias sem novidade

O folheto da minha vida já se foi

À moderna ou à antiga

O que conta é agora

Na coerência da teimosia

E daquilo com que o destino me faz entender

Aqui navego

Agora

E a esta hora

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

há uns anos em Sevilha




Há uns anos em Sevilha, alguém deixou escrito no meu caderninho de opiniões: ' Qué pequeña es la luz de los faros del que sueña con la libertad' Con toda mi admiración,', não assinou....

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

dedicatórias


A quem me mente

Ofereço o doloroso desprezo da desilusão

Quem diz coisas falsas ,sabendo da sua falsidade e esperando comunicar que são verdadeiras,

está a mentir


A quem me desconsidera

Ofereço toda a possibilidade de me conhecer

Para não errar na desconsideração


A quem erra comigo

Ofereço a possibilidade de corrigir o erro

Porque quem sabe que erra, sabe que saiu do caminho


A quem me ama

Ofereço uma estrela nova de cada vez que fico feliz por sentir isso a dois.


A quem me trai

Ofereço o silêncio das memórias da cumplicidade do prazer.

Dizer assim e fazer assado já é estratégia de rival.


A quem me falta ao respeito

Ofereço o meu peito para a vida ou para a morte

Na circunstância de cada causa



terça-feira, 4 de outubro de 2011

mutação (à laia de testamento)


Sinto-me num ponto de mutação acelerada da minha existência. Quando medito sinto apertos no peito . Quase a chegar aos 25 anos a criar e a apresentar estátuas vivas, a minha vida materialmente vale menos do que uma estátua banal. Contudo, na individualidade que consegui manter, transporto o valor máximo de qualquer existência, a liberdade e a decisão própria. Quando parei pela primeira vez nas Ramblas de Barcelona, foi fruto de querer ficar sozinho durante a viagem da normalidade. Hoje, em muitas cidades do mundo, existem já habitualmente estátuas vivas, são elas os monumentos em minha honra. O monumento em minha memória, posso ainda ser eu a deixá-lo pronto. O meu corpo embalsamado, com as novas técnicas de preservação de tecidos mortos, será uma excelente e oportuna recordação daquele que teima em fazer entender a parte do mundo das pessoas, que ‘quando os lábios estão imóveis as palavras estão em ordem.’ Quem me olhar nesse pláusivel futuro, poderá apreciar a estátua única do homem-estátua. Será a estátua-morta a fazer perdorar nas coisas, a memória deste eu que comunica com os outros maravilhosamente bem, enquanto assumindo representações várias de estátua viva.

Vamos a ver como estará o entendimento dos homens das leis e do poder, na altura do acontecimento.



terça-feira, 27 de setembro de 2011


Li há pouco no meu caderno de opiniões, escrito pelas pessoas durante o experimentar de me olharem feito estátua, o seguinte;

'Pratico Ashtanga Yoga há 7 anos e irrita-me que alguém utilize o nome pranayama nas suas aldrabices.' não assinou nem datou....

eu assino e respondo:

Caro nem anónimo, eu não utilizo o nome pranayama, pratico a grande disciplina ancestral pré yoguica que é o pranayama! e não é há sete anos, é há 24 anos! e não o pratico apenas em ashrams, retiros, aulas e afins, partico-o no meio das ruas do mundo,conjugado com os ensinamentos de todos os pratiarcas zen budistas que fui conhecendo e aprendendo. Eu não pratico Ashtanga Yoga, eu pratico ken yoga, em cuja prática o ponto de quietude é asana ideal e o respeito pelos outros é filosofia matricial.

Caro nem anónimo, pratique yoga, una-se, deixe-se de criticas sem informação necessária... e já agora aquilo a que chama aldrabice é apenas o resultado directo das más práticas que tem tido. Deve ter confundio Maya com ilusão estética e ter assassinado nesse momento a criança que ainda vivia na sua alma. Se fosse católico dir-lhe-ía, deus lhe perdoe, como me sinto mais zen budista lhe digo: olhe a lua homem, não olhe o dedo que a aponta....

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

artigo sobre a liberdade e o homem-estátua

foto de Joana N'gela

Igor Freiberger Diz:

Alguns comentários, em especial do JCCMeirelles, caracterizam a situação como a de um artista buscando lucro, classificando sua apresentação como atividade econômica e não mera expressão individual. Por isso, a tese da liberdade de expressão não seria aplicável.

É uma objeção interessante porque, de fato, há diferença entre uma manifestação que objetiva apenas expressar determinada ideia – como um esquete, uma parada ou um protesto – e o artista que se apresenta e pede ao público contribuições. Ao passo que a manifestação é um ato de cunho político e cultural, a apresentação é uma forma de trabalho e, portanto, envolve subsistência.

O problema nessa visão é equiparar a apresentação do homem-estátua a uma atividade econômica que visa lucro.

Ao dizer que a apresentação artística “explora” um local público com “fins comerciais”, estamos colocando no mesmo patamar o artista carioca e o fabricante multinacional de refrigerantes que pede autorização para montar um estande em uma praça durante alguma festividade. O conceito de “atividade econômica” e o objetivo de lucro são extremamente diferentes para uma e outra situação, fazendo com que a caracterização “comercial” do artista se mostre inadequada.

Embora reconheça que há interesse retributivo na apresentação do homem-estátua, ainda assim penso que ele não tem de pedir autorização ao Poder Público, que a prefeitura não tem que regulamentar essa atividade e muito menos deva existir tributação sobre o que ele está fazendo.

Eis minhas razões que, somadas, levam à conclusão acima:

1. a atividade do artista é individual.

2. a apresentação não pode ser considerada comercial pois envolve subsistência, além de não possuir preço – a contribição é espontânea.

3. atividades dessa natureza não se integram a nenhum ciclo produtivo, não envolvem fornecedores, não possuem consumidores, não exigem matéria-prima e, por consequência, não estão sujeitas à lógica das atividades efetivamente comerciais.

4. tecnicamente, a retribuição que ele obtém não é lucro, mas contraprestação espontânea de cunho alimentar.

5. o uso do espaço público não interefe na livre circulação e nem na destinação usual do local, possuindo efeitos irrelevantes sobre a propriedade pública.

Assim, mesmo que a apresentação do homem-estátua não se enquadre perfeitamente como livre expressão de pensamento, tampouco se pode dizer que esta é uma atividade comercial a ser regulada ou limitada pelo Poder Público.


sempre igual.


Sou daqueles que pelo menos uma vez na vida se questionaram sobre a diferença entre o mundo com eles e o mundo sem eles. Por mais delirante que me sinta, por mais coitadinho que me olhem, tenho a consciência certa de que tanto estou para ser, como sou para poder estar. Vista de qualquer dos infinitos a realidade é sempre igual.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Eros e Psique

Edvard Munch


Parece que afinal eu, há uns anos atrás, pelo menos uns 31, estava num caminho pláusivel de conhecimento correcto, quando afirmava que tudo em nós tanto era vibracional como era químico, admitindo logo no mesmo instante da afirmação, que tanto a química pode provocar vibrações perpétuadoras de existências, como as vibrações de vazios podem originar qualquer início da mais infima particula de algo.

Nas viagens cibernéticas cada vez mais reais na minha vida encontro a dopamina e a serotonina a namorarem Eros e a Mania.

Na realidade mais próxima deste aqui e agora era Agape que eu queria escutar na floresta do grande regresso ao Bem. E vivenciar o eco do meu pensamento como realidade resultado do último desejo desejado.

terça-feira, 7 de junho de 2011


Antes, pagar impostos era para garantir protecção do senhor das armas, depois, pagar impostos foi contribuir para a solidariedade social, agora, pagar impostos é acima de tudo pagar as despesas dos ricos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011


Em 1851, Joseph Proudhon escreveu:’O meio mais efetivo de oprimir os povos seria simultaneamente escravizar seu corpo, sua vontade e sua razão'. Aqui e agora,2011, porque é que uns trabalham no lixo senão para outros relaxarem no luxo. Porque é que uns são convencidos senão para outros não se preocuparem. Porque é que uns explodem senão para outros continuarem a rezar. A liberdade do corpo, da vontade e da razão de cada um de nós, continua a ser sempre aquilo que outros, predadores de semelhantes, nos querem roubar.

resultados eleitorais


A população portuguesa ronda os dez milhões e meio de almas. Ontem, como resultado das eleições legislativas, anunciaram
9.429.024 inscritos para votar, haverá só um milhão de portugueses com menos de 18 anos???? estranho....
Anunciaram também 5.554.002 de votantes o que quer dizer que 5 milhões de portugueses não votaram. Apresento a seguir os resultados.
Em cada 100 portugueses 59 votaram e 41 não.
22 votaram psd, 16 votaram ps, 6 votaram cds, 5 votaram cdu, 3 votaram no be, 1 votou no pan e 1 votou no mrpp. Houve ainda 2 que votaram em partidos que obtiveram menos de 0.5%, 3 que votarm em branco e 1 que votou nulo. São resultados arredondados porque não quis dividir nenhuma pessoa ao meio. Assim cada 100 portugueses vão ser governados por 22 ou por 28 (psd+cds). Não acham que este regime está mais do que gasto e ultrapassado???

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

IPD

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

manifesto pessoal x

Tudo pela arte, nada pela rotina.

Tudo pela liberdade, nada pela tirania.

Tudo pelos enganados, nada pelos enganadores.

Tudo pela simplicidade, nada pelo poder.

Tudo pela criação, nada pela destruição.

Tudo pela alegria, nada pela tortura.

Tudo pela solidariedade, nada pela exploração.

Tudo pelo ser, nada pelo ter.

Tudo pela integridade, nada pelo medo.

Tudo pela justiça, nada pelos privilégios.

Tudo pelo acordo, nada pelo negócio.

Tudo pelo valor, nada pelo dinheiro.

staticman