segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Dívida pública portuguesa

Total  da dívida pública portuguesa (contas de 2013) 209.802.643.628€. Sabendo que os 10 mais ricos de Portugal em 2013 foram: Américo Amorim (4.503,6 milhões de euros, contra 1.955,9 milhões em 2012), Alexandre Soares dos Santos (2.190,3 milhões de euros, contra 2.070 milhões em 2012), família Guimarães de Mello (1.673 milhões de euros, contra 700,1 milhões em 2012), Belmiro de Azevedo (1.210,7 milhões de euros, contra 680,9 milhões em 2012), António da Silva Rodrigues (642,9 milhões de euros, com entrada direta no top 10), Fernando Figueiredo dos Santos (574,9 milhões de euros, contra 542,3 milhões em 2012), Maria Isabel dos Santos (574,9 milhões de euros, contra 542,3 milhões em 2012), António Mota (537,8 milhões de euros e entrada direta no top 10), família Alves Ribeiro (505,2 milhões de euros contra 650,8 milhões em 2012) e Maria do Carmo Espírito Santos Silva (497,4 milhões de euros e entrada direta no top 10). Sabendo ainda que o número de multimilionários em Portugal -- com fortunas superiores a 25 milhões de euros -- aumentou 10,8% para 870 pessoas no último ano, apesar da crise que se vive no país, segundo um relatório do banco suíço UBS. O "Relatório de Ultra Riqueza no Mundo 2013" confirma que em Portugal não só cresceu o número de multimilionários como aumentou o valor global das suas fortunas, de 90 para 100 mil milhões de dólares (mais 11,1%). Sabendo ainda que cerca de 10 000 portugueses têm contas de valor  acima  de 100 mil euros.
Para pagar a dívida bastava que:
-cada português  do top ten da riqueza contribuísse com 30% da sua riqueza, total mais de 3 mil milhões
-cada português com mais de 25 milhões de euros contribuísse com 20% da sua riqueza, total mais 10 mil milhões
-cada português com mais de 100 mil euros contribuísse com 10 % da sua riqueza, total mais de 100 mil milhões

Faltariam ainda  94 mil milhões a dividir pelos portugueses activos, acrescentassem então isso aos impostos e as contas seriam mais justas e os ricos saberiam um pouco mais o que custa viver neste país!


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

troca de peças

Apenas quando  for possível a transplantação de cérebros, será possível ficarmos a conhecer exactamente até que ponto cada cérebro é um Eu. Na actualidade eu não sinto possível  sentir-me Eu noutro corpo, nem outro Outro sentir-se Mim no meu. Mas, quem sabe...


estátua viva

Quem não consiga um domínio forte sobre as  partes móveis do nosso corpo (músculos,tendões, articulações) e que  não tenha aproximado ao limite a ideia de quietude com a sua prática, nunca foi uma estátua viva.

homem/máquina

Tenho em mim memórias de desde pequeno me sentir uma máquina feita de carne, de ossos,  de líquidos e de ar. Mais tarde acrescentei  corrente  eléctrica e outras energias. Mais tarde ainda, acresci memória.
Esta máquina que sou, com motores vários, alimentados a gasosos, a sólidos, a líquidos, a sonoros, a odorosos, a sensitivos e a visuais, faz, aqui e agora, sentir-me familiar deste computador onde escrevo. Em comum já temos alguma energia, alguma memória,alguma matéria e até algumas viroses e outras anomalias.
Um dia destes quererei ligá-lo e a ele lhe apetecerá mais descansar um pouco mais.
Noutro futuro qualquer, quem sabe, não será ele a ligar e a desligar qualquer botão on/off do meu sistema.