domingo, 16 de dezembro de 2012

O Homem-estátua nos outros...

A minha arte  fez com que gentes de outras artes materializassem  nas suas obras o registo dos encontros com a minha quietude, aqui seguem alguns:

Pogo Teatro, teatro e video, vários
Lídia Jorge, escritora,  no romance 'Jardim sem limites'
Idéfix, música jazz, 'estátuas'
Nuno Saraiva, banda desenhada
Mário da Costa, teatro, na peça ' O vagabundo e a estátua'
Klaus Hagerup, escritor, romance ' Statisk man'
Pedro Costa, realizador de cinema, no filme 'Lamento da vida jovem'
Luiz Morgadinho, pintor, no quadro ' O morro da estátua'
Júlio Henriques, escritor, na crónica, 'o principe da quietude'
José Cardoso Pires, escritor, na crónica, 'De pedra viva'
Bruno Pacheco, artista plástico, na escultura viva, 'rocket man'

Para mim foram óptimas experiências de vida em arte, venham mais!




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Para que a memória não morra

António Lage, 32 anos de idade;
Fernando Luís Barreiros dos Reis, de 24 anos de idade, natural de Lisboa, soldado da 1.ª Companhia de Penamacor, e que se encontrava de licença;
Francisco Carvalho Gesteiro, de 18 anos de idade, empregado de escritório, natural de Montalegre;
João Guilherme Rego Arruda[1], de 20 anos de idade, natural dos Açores, estudante em Lisboa;
José James Harteley Barnetto, de 37 anos de idade, natural de Vendas Novas. 

Estes foram os assassinados pela PIDE no dia 25 de Abril de 1974


sábado, 10 de novembro de 2012

pequena história financeira


Foi uma vez uma batalha decisiva de uma guerra. De um lado a Inglaterra, do outro a França de Napoleão. No meio, o dinheiro. Na frente de batalha, estava um espião do capital que ao ver as tropas Napoleónicas recuarem, correu para Londres e contou as novidades aos seus senhores. Estes, depressa alteraram e espalharam que a Inglaterra tinha perdido a batalha, as acções da bolsa caíram a pique. Um antepassado dos Rothschild comprou quase tudo a preço irrisório. Quando, no dia seguinte, chegou a notícia verdadeira, de que Napoleão tinha perdido. A Inglaterra não foi conquistada pelas armas dos Franceses, acabara de ser conquistada pela mentira financeira de um Rothschild.
Ainda hoje é com artimanhas destas que são escravizados os povos.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ao Zé Ramalho


Hoje, muitos anos depois, estive novamente num cemitério, essa estação só de ida, onde nos vamos despedir daqueles que antes se despediram de si mesmos. Hoje, reflecti profundamente, uma vez mais sobre o valor da vida e reforcei a minha opinião de que a vida tem mais sentido quando a sentimos próximos de alguém. Por isso nos dói a ida dos que nos são queridos, estávamos mais vivos com eles por cá.
Hoje, fui-me despedir do Zé Ramalho, pessoa boa.  E, quando alguém se lembrou de fazer voar bolinhas de sabão por cima do caixão, foi dentro de uma delas que coloquei a minha mensagem de despedida, só legível do lado de lá das chamas. 
Quando o  corpo  do Zé  ardia nas chamas que transportaram a sua matéria  ao reencontro da sua alma, ouviu-se na sala a mais intensa salva de palmas que escutei até hoje. Hoje até o circunspecto senhor da funerária bateu palmas levado pela intensidade do momento.  Foi bonito, não foi,  Zé? 
inté....''

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Quadras sem rima certa


 

Dum lado os estados
do outro as empresas
dum lado as pessoas
do outro as multinacionais

e sempre no controlo
os doentes do poder
aqueles que podem
mandar em vez de fazer

uns cada vez com mais e mais
outros a mendigar por salário
triste condição
se for humana a situação


uns com títulos
outros anónimos
uns com esforço
outros sempre descansados




                                          'Quadras sem rima certa' hãToino de Lírio

domingo, 25 de março de 2012

Poderosos


Todos os candidatos a poderosos querem livrar-se da condição de paus mandados e passar a usufruir da enorme vantagem de não o serem . Qualquer poderoso quer é mandar fazer em vez de fazer, quer é comprar em vez de produzir, quer é pagar para não sofrer, quer é poder não dar satisfações a ninguém. Tão bom não é? E muitos deles para o conseguirem, matam, mentem,torturam, exploram,roubam, e quantas mais inumanidades, porque ser humano é ser humanitário.

Pagam com o suor dos escravos os corpos das putas da alta. Pagam o silêncio dos inocentes com o dinheiro que antes lhe roubaram. Pagam com os lucros da chantagem da morte, as armas e os cães de guarda que os defendem. Pagam com balas a sério em nome de qualquer ideotologia.

Cada poderoso quer é que os outros possam menos.