Uma estátua nem é viva nem é morta, nem cresce, nem minga e envelhece ao sabor da transformação da matéria de que é feita. Só uma pessoa que se transforma em estátua viva, um dia poderá vir a ser também uma estátua morta, todos os outros, mesmo os embalsamados, serão apenas mortos. A arte da quietude expressiva existe dos dois lados da existência, na vida e na morte. O máximo de arte que um artista desta área poderá conseguir será aproximar-se do aspecto que teria se fosse embalsamado. Mas, aqui, ainda com vida, ainda com o coração a marcar o compasso do som cósmico. ainda com a pele a propriosentir todos os espaços que o corpo vai ocupando.
Representar, expor-se, sentir-se, como uma estátua, é dominar o aqui e agora.
Até os antigos egípcios no embalsamamento guardavam a terrena esperança no tempo eterno.
hãToino de Lírio in '' Conversas de consumo imediato''
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